Acompanhe na integra a postagem:
Nosso imaginário coletivo está recheado de lendas que carregam simbologias do tempo, das tradições. Aqui em Currais Novos não é diferente.
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Contam os mais antigos que após a construção do Açude Totoró, em 1933, uma jovem engravidou, e por temer críticas da população, escondeu a gravidez. Ao sentir as dores do parto, foi para as margens do açude e deu à luz à uma menina, jogando-a no reservatório para que ninguém descobrisse. Dias depois, pescadores avistaram um enorme “rolo preto” nas águas, metade cobra metade humano, que seria a criança, transfigurada no animal. Dizem que naquelas noites ela saía do local e ia até sua mãe para amamentar. Acredita-se que ela se esconda no açude e no alto do pico, dependendo da cheia ou seca do açude.
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Outra lenda do local é sobre a botija de Félix Gomes, que casou-se com D.Adriana, após ficar viúva de Cipriano Lopes Galvão. Rico e ambicioso, não quis deixar a riqueza para ninguém e decidiu esconder em um caixote de madeira trancado todo seu dinheiro. Pediu que dois escravos guardassem o cofre no alto do pico, e para que eles não descobrissem nada, os matou. Conta-se que quem for corajoso (a), peça para sonhar com Félix e desvende o mistério da botija. Por muito tempo, os moradores evitaram subir o Pico devido à lenda.
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Por último, o mistério da “Pedra do Sino”. Na região hoje conhecida como “Lagoa do Santo”, anteriormente era chamada de “Areia”, por ser de propriedade de Lulu da Areia, que após morrer, teve seus bens geridos pelo amigo João Lobo. Certo dia, João sonhou com o amigo que lhe indicou uma botija dentro da pedra que deveria ser quebrada, e assim o fez, e para sua surpresa, nada encontrou, fazendo com que apenas uma parte emita som de sino. Anteriormente, a Pedra era utilizada pelos índios como meio de comunicação, onde cada batida e entonação tinha um significado.
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Pesquisa: Entrevista com @raianne.kely (Turismóloga e Guia de Turismo Regional)
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